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Os modos de transporte ativos (caminhar, correr, andar de bicicleta, etc.) utilizam energia humana. Está provado que, em meio urbano, a bicicleta é um meio de transporte competitivo em relação ao automóvel e transportes coletivos até distâncias inferiores a 5 km. Acresce que é também o modo que apresenta a maior eficiência energética. Os modos ativos de transporte não só promovem a redução das emissões de gases de efeito estufa, como também diminuem a poluição sonora e melhoram a qualidade do ar nas cidades, contribuindo significativamente para a sustentabilidade urbana.
Está também comprovado que esses modos, especialmente o uso regular da bicicleta, têm efeitos benéficos para a saúde, incluindo melhorias no sistema cardiovascular, a redução da obesidade e o controlo do diabetes. Para os idosos, além dos benefícios gerais para a saúde, a mobilidade ativa força o uso regular das articulações, o que pode ajudar a manter a mobilidade e a prevenir condições relacionadas à idade, como a artrite. Em cidades com orografia mais declivosa as pedelec (bicicletas com assistência elétrica, mas que exigem ser pedaladas) facilitam o uso desse meio de transporte, permitindo que mais pessoas, independentemente da sua condição física ou idade, possam beneficiar da mobilidade ativa.
A forma das cidades e a existência de infraestruturas adequadas são características e requisitos essenciais que promovem e simplificam a mobilidade ativa. Infraestruturas como ciclovias bem projetadas, calçadas seguras e espaços públicos acessíveis são fundamentais para incentivar a população a optar por modos de transporte sustentáveis.
Trabalhos recentes de investigação que redesenham inteiramente uma cidade real segundo modelos teóricos de cidades, como a cidade-jardim, permitem tirar conclusões muito interessantes (e quantitativas) sobre a adequabilidade das cidades para os modos ativos. Esses estudos provam como a integração de espaços verdes, a proximidade de serviços e a conectividade das infraestruturas podem influenciar positivamente não só a adoção de modos ativos de transporte, mas também, a agradabilidade do espaço urbano - ver aqui um exemplo
Estes projetos de investigação ao permitirem a simulação de diferentes modelos de cidade, possibilitam avaliar e comparar o impacto das mudanças na infraestrutura e no desenho urbano na eficiência energética das cidades. Por exemplo, a implementação de uma rede ciclável pode reduzir significativamente a dependência de veículos motorizados, diminuindo o consumo de combustíveis fósseis e, consequentemente, as emissões de CO2.
Investir em infraestruturas adequadas e na promoção da mobilidade ativa são passos essenciais no desenvolvimento de cidades mais sustentáveis, resilientes, saudáveis e inclusivas, resultando numa melhoria da qualidade de vida dos seus cidadãos.
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